Quase 5 mil alagoanos já foram atendidos pelo Programa AVC Dá Sinais

Do total de pessoas diagnosticadas com o problema de saúde, 374 foram submetidas à trombólise e 174 passaram pela trombectomia
HMA atendeu 797 pacientes com o diagnóstico da doença Nataly Lopes / Ascom Sesau

Neide Brandão / Ascom Sesau

Com três anos de atuação, recém-completados, o Programa AVC Dá Sinais, iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) voltada ao tratamento de pessoas acometidas pelo popular derrame, tem se destacado como um dos principais projetos de saúde pública do Estado. Os resultados contabilizados são impressionantes, com 4.956 pacientes assistidos e 2999 diagnosticadas com a doença nas unidades de AVC da rede estadual de Saúde, e com a realização de 374 trombólises e 174 trombectomias.

O programa é operacionalizado por profissionais de saúde, através do aplicativo Join, que possibilita a discussão dos casos de AVC por especialistas e o acesso dos pacientes a exames de tomografia, com o objetivo de ter rápida tomada de decisões sobre o manejo clínico. Além disso, os atendimentos também ocorrem pelo Sistema de Regulação Estadual (Sisreg), que informa para qual unidade o paciente será encaminhado, uma vez que o AVC Dá Sinais conta com unidades exclusivas no Hospital Geral do Estado (HGE), Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), ambos em Maceió, além do Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca.

 

Por meio do programa, a assistência integral é assegurada aos alagoanos acometidos pelo AVC, doença que está entre as que mais matam no Brasil, além de causar incapacidades físicas. Com isso, foi criada uma linha de cuidados em que o paciente é assistido desde o momento em que é socorrido pelas equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ou ao dar entrada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que posteriormente irá encaminhá-lo para uma unidade de AVC mais próxima.

 

O secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, ressalta que o AVC Dá Sinais se consolidou como referência no tratamento de AVC não só em Alagoas, mas, no Brasil e no mundo. Segundo ele, o programa é uma experiência exitosa na área da saúde pública e, inclusive, delegações de outros estados e países já vieram a Alagoas para conhecer como o serviço funciona, reafirmando o compromisso do Governo do Estado com a saúde pública e com o bem-estar da população.

 

“O Programa AVC Dá Sinais representa um marco para a saúde pública. Em três anos, conseguimos implementar um sistema de resposta rápida e eficaz, que tem sido essencial para salvar vidas e minimizar as sequelas do AVC. Nosso objetivo é continuar expandindo e aprimorando esse programa, garantindo que cada vez mais alagoanos tenham acesso a um atendimento de excelência, reduzindo os índices de mortalidade e incapacitação causados por essa doença tão devastadora. Esse é um compromisso do Governo de Alagoas com a saúde e o bem-estar da nossa população”, frisou Gustavo Pontes de Miranda.

 

Redução da Mortalidade

 

De acordo com o coordenador do programa, Matheus Pires, o AVC Dá Sinais tem apresentado um impacto significativo em Alagoas, especialmente na redução da mortalidade e das sequelas graves, associadas ao problema de saúde. Ele destaca, ainda, a visibilidade do programa, tanto a nível nacional quanto internacional, com Alagoas sendo referência no tratamento de AVC, atraindo a atenção de especialistas de outros estados e países.

 

“O Programa hoje tem uma visibilidade muito grande, principalmente pela disponibilidade que ele traz à população assistida pelo SUS [Sistema Único de Saúde]. Sabemos que cerca de 90% da população alagoana depende do SUS, e o AVC Dá Sinais oferece os dois principais tratamentos disponíveis no mundo, tanto a trombólise, que é uma medicação venosa, quanto a trombectomia mecânica, um procedimento de cateterismo cerebral. Alagoas é o único Estado do Brasil que realiza a trombectomia pelo SUS, o que nos coloca em destaque no cenário nacional e internacional”, ressalta Matheus Pires.

 

Beneficiado

Os resultados do programa são evidentes não apenas nas estatísticas, mas também nas histórias de vida dos pacientes atendidos. Reginaldo Teixeira, de 48 anos, que está em tratamento no HMA após sofrer um AVC, relata a qualidade do atendimento recebido. “Estou sendo muito bem atendido, a enfermaria é de luxo e a equipe tem altíssima capacidade técnica. Não nos falta nada, somos atendidos, fazemos fisioterapia nos momentos cruciais e já me informaram que só iremos sair quando estivermos aptos a sair”.

 

No Hospital Metropolitano de Alagoas, que conta com uma unidade de AVC, foram atendidos 797 pacientes com o diagnóstico da doença. Além disso, foram realizadas 138 trombólises e 56 trombectomias. Números que, segundo o diretor do HMA, Filipe Fernandes, atestam o sucesso do programa, bem como, o compromisso do Governo de Alagoas em mantê-lo ativo.

 

 

“Na unidade de AVC do HMA, o tempo resposta para assistência aos pacientes acometidos pela doença é de 14 minutos, com relação à realização de tomografias. Isso demonstra o empenho e a dedicação dos profissionais na assistência aos pacientes. Agradeço a todos que fazem parte deste hospital e da saúde pública do Estado. Vamos continuar a trabalhar para fazer um SUS ainda melhor para a sociedade alagoana”, afirmou Filipe Fernandes.

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Sobre o Autor

Marcelo Rocha

Sou natural da Paraíba e alagoano de coração desde 1990. Sempre fui apaixonado por comunicação, em especial, pelo radialismo. O contato diário com as pessoas, através das entrevistas, me desperta um sentimento de prestação de serviço à população.

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